Tomada de decisões: técnicas preciosas para fazer isso do jeito certo!

A tomada de decisões pode parecer atitude simplória, no entanto, requer um exercício mental intenso. As mais recentes pesquisas sobre o cérebro humano afirmam que tomar decisões leva o cérebro a condições de exaustão.

No entanto, fazemos isso o tempo todo. No decorrer de nosso dia tomamos milhares de decisões. Mal amanhece o dia, já temos muito a que escolher.

E damos um imenso trabalho ao cérebro, decidindo o que vestir, que perfume usar, o que comer, por que porta sair, que transporte nos levará ao trabalho e por aí vai.

Por fim, o que temos?  Nada menos do que um esgotante cansaço mental, que a ciência classifica como “Fadiga das decisões”. O termo é de um Psicólogo social e escritor chamado Roy F. Baumeister.

Não somente ele, mas muitos outros estudiosos do assunto concluíram que o cérebro se cansa, dificultando a tomada de decisões.

Se você é, por exemplo, responsável por dar a última palavra em uma empresa ou em quaisquer dos segmentos desta, precisa estar preparado.

Mesmo para quem não ocupa um cargo de liderança é fundamental entender como as decisões são tomadas e o que existe por trás delas. E não se surpreenda, pois, é fator que não depende somente de você.

É sobre tudo isso que vamos conversar. Entenda como tomar decisão de forma correta. Saiba o que fazer nos momentos de decidir. Veja os tipos de táticas e estratégias que existem. Tome a decisão certa e continue por aqui.

Tomada de decisões e o cérebro

Se você acha que o cérebro é uma supermáquina, não está enganado! Nosso órgão pensante é ‘fantastique’! Pena que seu potencial não é ilimitado. Ele esgota-se, conforme já te dissemos acima.

Quando, por exemplo, em uma jornada de trabalho muitas medidas já foram tomadas, atinge-se ao fim do dia uma verdadeira exaustão.

Quando isso ocorre, instintivamente o indivíduo age por impulso ou permanece no vácuo, ou seja, não decide nada! Um fim de dia, não é, portanto, o momento mais propício para resolver problemas.

Principalmente aqueles que são responsáveis pelo bem de outros, não devem deixar que o cérebro chegue ao esgotamento. Isto nos leva a entender certas atitudes de alguns grandes líderes da história.

Barack Obama, por exemplo, só veste ternos cinzas ou azuis. Quando foi perguntado por que usava sempre as mesmas roupas, respondeu sabiamente, que isso reduzia a quantidade de decisões a tomar.

Ele afirmava que não queria escolher o que comer ou vestir, pois tinha muitas outras deliberações importantes a fazer.

Mark Zuckerberg, um dos criadores do Facebook, também age dessa forma. E talvez você não saiba, mas esse também era o comportamento de Steve Jobs.

E a gente pensando que é esquisitice! Na verdade, é uma atitude bastante inteligente.  Dessa forma o cérebro está sendo poupado para ter condições de agir acertadamente no momento das mais sérias definições.

É ótimo exemplo para nós, “simples mortais”. Acredito que poucos vão querer vestir-se sempre com um mesmo tipo de roupa, mas é fácil adaptar o comportamento.

Podemos escolher o que vamos vestir no dia seguinte, à noite, antes de dormir, depois que não há mais coisas fundamentais a fazer.

A moral da história é não sobrecarregar o cérebro com coisas banais. É a melhor atitude e a mais inteligente para quem deseja a assertividade.

A Função executiva e seu cansaço

Um estudo interessante sobre a tomada de decisões e o cérebro é o que nos aponta para a intrigante e “cansada” situação de uma atividade cerebral, denominada função executiva.

Esta função mental é o processo cognitivo que nos faz tomar decisões com responsabilidade, independência e autonomia, entre outras coisas. Mas, não ela não é ilimitada. Cansa-se quando estressamos demais com excesso de decisões que temos a tomar.

Em virtude disso, pode haver déficit na função executiva levando a dificuldades para encontrar soluções de problemas, tomar decisões e traçar metas claras, objetivas e dentro de um contexto real. Vemos, portanto o quanto a tomada de decisões depende de um cérebro descansado

Um exemplo disso é o estudo feito com Juízes, pela Universidade de Princeton – EUA.

A pesquisa revelou importantes diferenças de padrão em decisões judiciais. As solicitações que eram realizadas no começo do dia, ou após uma pausa para o lanche, eram mais bem analisadas e obtinham resultados favoráveis aos prisioneiros.

Enquanto as que ficavam para o fim da tarde, ou seja, ao final de um dia de trabalho exaustivo, eram sempre desfavoráveis.

Isso nos informa o quanto tomar decisões repetidamente pode esgotar a função cerebral chamada “Função executiva”.

Técnicas preciosas para tomada de decisões: Veja como podemos agir.

Um aspecto relevante na tomada de decisões é entender como ocorre este processo. É fundamental perceber o que está nos impulsionando naquele momento exato, em que a atitude decisiva está sendo tomada.

Neste momento crucial, muita coisa passa pela mente, principalmente se estivermos sobrecarregados.

Em virtude disso, surgem condutas que nos levam a nos livrar daquele problema. E para dar cabo da questão lançamos mão das técnicas preciosas para tomada de decisões mais comumente usadas.

Veja as diferentes maneiras de tomar uma decisão:

  • Podemos agir por impulsividade

Quando optamos pela primeira ideia que surge.

  • Agimos com conformidade

Optamos pelo que vai nos deixar mais confortáveis diante do grupo. Não nos dispomos a sair da zona de conforto. Optamos por aquilo que não irá impactar ou causar questionamentos. Vale a opção mais prática.

  • Delegação

Esse caso pode muitas vezes apresentar-se como solução, para os gestores muito sobrecarregados. Trata-se de delegar, ou seja, deixar a decisão sob a responsabilidade de outros, quando a situação permite. Cuidado para “delargar” ao invés de “delegar”.

  • Evitação

Esta conduta é uma espécie de fuga do problema, pois evita-se chegar a uma decisão definitiva, ao máximo possível. Nesse caso, os problemas são ignorados e a tomada de decisões nunca é enfrentada.

  • Balanceamento

Esse é um modo típico de tomar decisão de forma correta. Nesta atitude todos os fatores são pensados e analisados, sendo levado em consideração o peso de cada opção com suas respectivas consequências.

  • Priorizar

É um modo de decidir que considera os aspectos mais impactantes, ou seja, o foco é o que vai gerar maior repercussão e efeitos positivos.

Estes modos de conduzir a tomada de decisões são estratagemas utilizados para facilitar o processo. Porém, é preciso saber qual deles utilizar. Nem todos podem ser usados em qualquer situação e em todas as vezes.

Tomemos como exemplo a impulsividade. Ela pode ser muito benvinda quando se trata de escolher qual camisa vai vestir, em uma hora em que você tenha pressa. No entanto, nunca pode ser empregada em uma empresa, na hora de demitir e contratar colaboradores.

E já pensou, usar impulsividade ou até conformidade para decidir um financiamento, ou um negócio que envolve ganhos e custos? Seria um caos não é mesmo?

Por isso, é bom compreender cada aspecto da tomada de decisões, para não adotar a tática errada.

Quando a decisão influencia o bem-estar de uma empresa.

Muitas vezes, as escolhas são bastante importantes. Um exemplo é quando as determinações vão interferir na vida de uma empresa ou de seus participantes.

Podemos pensar em algumas situações corriqueiras, como resolver entre dispensar ou não um funcionário, ou investir ou não em um negócio. Não são poucas as vezes em que o futuro profissional de uma pessoa, ou o sucesso de um empreendimento, dependem de um sim ou de um não.

Este é o fardo que pesa sobre as decisões empresariais. Um ato impensado pode levar à perda de tempo e de dinheiro, sem falar nas pessoas atingidas. Portanto, se você é um líder, precisa estar preparado para agir com assertividade.

Por tudo isso, é que não podemos deixar ninguém dizer que tomar decisões é fácil! Ela pode ser facilitada por diversas estratégias. É isto que temos que aprender.

Técnicas preciosas para tomada de decisões:  Estratégias que podem facilitar.

Confira algumas estratégias:

  • Se coloque na posição de um observador

A estratégia aqui é olhar sob o ângulo de quem está fora do problema. Olhe como se estivesse em segundo plano. Tire a capa de protagonista e ponha a de espectador. Isto te permitirá pensar na situação de forma mais racional, sem a emoção do envolvimento direto no fato.

Um exemplo é quando se precisa decidir sobre a compra de um carro novo. Olhando como um observador podem surgir palpites e opiniões não pensadas antes. O comportamento torna-se muito mais racional.

  • Tenha foco

Muitas pessoas têm dificuldades nas decisões porque não conseguem focar na questão que está em jogo. Focar no momento presente é uma das maneiras de eliminar o que te impede de encontrar uma solução.

Ninguém consegue decidir com a cabeça vagueando, longe do problema. Tire um tempo para focar no que tem que resolver. Relaxe, respire fundo e ponha foco na solução.

  • Preocupe-se com o ambiente

Olhe a seu redor. Como está o ambiente que te cerca? É barulhento? Está desorganizado? Muitas vezes o ambiente em que estamos não nos ajuda a focar no problema a resolver.

Em meio a desorganização, por exemplo, é bem complicado concentrar-se em algo que não seja a desordem que reina. O mesmo ocorre quando se precisa refletir e o ambiente é barulhento. Difícil, né?

Sem falar naquele ambiente sombrio e com pouca luminosidade, que dá vontade até de dormir. Há até estudo científico que afirma ser muito mais prodigioso tomar decisões em local com mais luz e maior claridade.

Portanto, saiba que o ambiente tem tudo a ver. Busque então um local no qual você se sinta bem. Acomode-se em uma sala silenciosa ou quem sabe uma boa caminhada te ajuda a pensar melhor?

Trazer serenidade ao ambiente e possibilitar uma conexão com você mesmo, vai com certeza , te ajudar na tomada de decisões.

  • Espere o tempo certo

Tenha em mente que tomar uma decisão da noite para o dia não será proveitoso. Tudo tem seu tempo. E nada como uma noite entre dois dias para trazer clareza a seus pensamentos.

Ponha uma boa noite de sono entre o problema e a tomada de decisão, para solucioná-lo devidamente. Não faça opções precipitadas. Esqueça a impulsividade e a pressa. Deixe a palavra final para o dia seguinte.

  • Faça uma lista de prós e de contras

Ponha em um quadro, os aspectos positivos de um lado, e os negativos de outro.  Agora observe. Analise o que mais pesa, que consequências trariam, pense nos resultados de cada situação positiva e negativa.

A vantagem desta estratégia é a racionalidade que ela induz. Vendo os dados positivos e negativos expostos de forma mais concreta, você tem muito maiores chances de fazer uma escolha sem interferência da emoção.

Estas são algumas boas sugestões que você pode aplicar em seu cotidiano. Verás o quanto ajudam. Apesar destas técnicas facilitarem a tomada de decisões, ela sempre será um ato complexo. Portanto, experimente estas ideias. Elas simplificam e evitam muito tempo perdido.

Como você pode ver uma tomada de decisões pode não ser tão simples. Além disso, depende de muitos fatores. Ainda bem que agora você tem várias sugestões. Que tal aproveitar as ideias do post? E se gostar, compartilhe.

Clique aqui para entrar em contato conosco para maiores informações sobre os treinamentos, programas e palestras sobre Tomada de Decisão e Liderança que oferecemos.

 

Ultimos Artigos