Em 1992, comecei a namorar meu marido. Em 1997, ficamos sócios em nossa primeira empresa. Em 2003, nos casamos. Continuamos casados, sócios e com uma filha adolescente.

Posso afirmar que meu marido (maravilhoso) é o melhor sócio que eu poderia ter. Somos muito diferentes em muitas coisas, porém conseguimos trabalhar nossas diferenças e alinhar nossas semelhanças em prol de nossos objetivos de vida.

Muitas pessoas me perguntam: “Como vocês conseguem? Qual o segredo?”

Não existe segredo, o que realmente existe é o RESPEITO, a CUMPLICIDADE e ADMIRAÇÃO.

Respeito pelos desejos do outro, pela forma de ser e por suas crenças.

Cumplicidade em relação às nossas metas compartilhadas, a vontade de chegar ao mesmo lugar e juntos.

Admiração pelo que cada um se tornou ao longo desses anos.

Em alguns momentos, discordamos na forma de ver a situação, mas isso não nos impede de chegar a um consenso (que nem sempre é fácil, mas é possível).

Acredito que depois de tanto tempo posso dar algumas dicas para quem deseja se tornar sócio de seu marido ou esposa:

1. Se vocês não souberem separar assuntos pessoais dos profissionais, não façam essa sociedade.
2. Definam claramente os papéis de cada um na empresa.
3. Nunca discutam na frente dos funcionários.
4. Estabeleçam as metas pessoais, as metas do casal / família e as metas da empresa.
5. É importante que cada um tenha suas próprias metas e / ou atividades para que as duas individualidades não se percam.
6. As metas precisam ser acompanhadas de um planejamento para que vocês tenham algo para seguir.
7. Respeitem os desejos do outro, sua forma de ser.
8. Conversem sempre, o diálogo e a transparência são fundamentais.
9. Assuntos profissionais devem ser tratados na empresa, assuntos particulares apenas em casa. É claro que os assuntos acabam se misturando muitas vezes, mas aqueles que são polêmicos devem ser tratados apenas no local adequado.

Enfim, se você quiser continuar casada(o) e com seu marido / esposa como sócia(o), lembre-se sempre: “Não leve seu sócio(a) para a cama e nem seu marido / esposa para a empresa”.

Com carinho,

Valéria Nakamura.