Quantas vezes você acreditou que não poderia fazer algo e isso se tornou um paralisador? E por algum motivo, teve que transpor esse obstáculo e verificou que o que acreditava não era verdadeiro?
Todos nós temos “crenças” que são ideias que se tornam uma verdade para a pessoa e guiam a forma como ela pensa, sente e age diante das situações da vida.
Porém em vários momentos da vida nos deparamos com as nossas “crenças limitantes” que são ideias que resultam de interpretações negativas de experiências vividas (momentos de sofrimento, fracasso ou perda/ pessoas influentes) e que nos impedem de progredir ou mudar. O medo nos atormenta, fazendo com que acreditemos que somos incapazes e acabamos não executando as ações que desejamos.
As crenças limitantes mais comuns são:
- Hereditárias – aquelas que são passadas para nós pelas pessoas da família e isso é tão forte porque são as nossas primeiras conexões no mundo. Por exemplo quando uma mãe diz: “Você não consegue fazer nada certo! Seu irmão é um exemplo!”. O que isso não pode despertar dentro de quem ouve? Pode passar a vida acreditando não ter competência ou nenhum talento.
- Sociais – aquelas que são passadas pela sociedade. No momento que começamos a conviver com outras pessoas, ouvimos algumas crenças e aquilo pode se tornar uma verdade e isso também pode intimidar. Por exemplo: “Você apenas será uma pessoa de sucesso se ficar rica!” No momento que se acredita nisso, você nunca se sentirá uma pessoa de sucesso se não ganhar bastante dinheiro e assim sempre se sentirá frustrado. E sucesso é relativo, tem muitas vias. Assim como ser rico, quanto de dinheiro preciso ter para acreditar que sou rico?
- Pessoais – aquelas provenientes de experiências negativas vividas, começo a generalizar e acreditar que sempre será assim. Por exemplo: se teve vários relacionamentos e nenhum duradouro, pode fazer a pessoa acreditar que ela não tem capacidade de manter um relacionamento. Nesse momento, a pessoa sempre fugirá dos relacionamentos porque tem a crença de que tem algo de errado com ela.
Normalmente, as crenças limitantes estão relacionadas a:
- Dinheiro – “Só gente rica é feliz!”
- Pessoas – “Minha irmã é muito mais inteligente do que eu.”
- Oportunidades – “Boas oportunidades só aparecem para quem estudou em universidade de primeira linha.”
- Aprendizado – “Eu tenho muita dificuldade em aprender coisas novas.”
- Capacidades – “Não sou bom em fazer uma boa gestão de pessoas.”
- Identidade – “Eu sempre fui muito introvertido.”
- Situações – “Sou chamado para uma entrevista, mas nunca sou aprovado.”
- Tempo – “Sou uma pessoa muito atarefada, não tenho tempo para mim.”
- Vida – “Não tive escolhas, a vida é assim.”
- Passado/Presente/Futuro – “Minha família sempre foi pobre, continua e assim será.”
E você? Quais dessas crenças tem vivido? E qual o impacto disso em sua vida?
Apesar dessas crenças serem tão fortes, dá para mudar isso? Claro que sim! Então vamos ver como lidar com essas crenças:
- Identifique quais crenças limitantes o impedem de fazer o que deseja – quais são suas maiores desculpas verdadeiras? É importante trazer isso para o consciente (mesmo que doa), pois apenas assim você poderá trabalhar com elas.
- Encontre a causa da crença limitante – não é para sofrer pelo passado, mas entender que ela aconteceu no passado e não faz sentido mais hoje. Olhe para as mudanças que já aconteceram e as realizações que teve ao longo da vida.
- Estabeleça um objetivo – é importante ter algo para alcançar para que você enfrente sua crença limitante. Tendo um objetivo, você terá um desafio e um plano de ação para realizar.
- Mude sua crença – só haverá a mudança se houver a prática, como você poderá superar sua crença limitante, qual ação para superá-la? Coloque tudo isso no papel.
- Torne sua nova crença em um hábito – todas as vezes que vier a sua mente um pensamento negativo, escreva e estabeleça um plano para superá-lo e faça uma ação.